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You did it

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Você falou que não tinha a intenção de me machucar Mas, machucou. Como se palavras não fossem nada... Me deixou com os olhos cheios, largados em cima da cama Me perdendo do que eu era, do que era o meu corpo, ou o que era os  lençóis que um dia já tivera o seu cheiro... "Eu poderia morrer e para você não teria diferença" De fato uma parte minha morreu desde esse dia, E nunca mais eu encontrei ela de volta. As vezes eu me esqueço das partes ruins, mas nunca das  boas, então eu lembro das ruins novamente. Pensei que estivesse passado pouco tempo no paraíso, mas na verdade, me  demorei tempo demais no inferno. Talvez eu precisasse mesmo sangrar para saber hoje o que realmente é estar viva.

Pensamentos

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  As vezes eu penso demais, e ao pensar nisso, eu penso mais ainda Lembro de momentos e situações que me corroem e crio cenários que me aterrorizam. Minha mente compulsiva tem vida própria, é indomável, confusa e persuasiva.  As vezes me sinto em um carrossel, girando a 200 km por hora, escutando o som ensurdecedor de vozes, e não as compreendendo. E outras vezes sinto que estou andando em círculos, em uma caixa vazia, na qual todos os fósforos já foram riscados, restando apenas o cheiro da fumaça que me sufoca e me anestesia. Eu sinto muito, Desproporcionalmente, Criando estoques colecionados na minha mente. E tem vezes que sinto tão pouco que até esqueço que sou e estou presente. Todo dia o mesmo feito em  rotinas diferentes.  Todo dia o mesmo efeito decorrente. Até que esses pensamentos, tirem pouco a pouco cada gota do meu ser, Aniquilando em meu âmago o desejo de pertencer.

I'll be drunk again

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Queria beber até não me sentir mais culpada, Até esquecer de tudo e achar que não me importa mais nada. Beber para fugir do presente, esquecer do passado e do futuro não sentir mais medo. Não ter mais aquele sentimento. Viajar em qualquer pensamento e achar graça em qualquer besteira, como se a vida fosse pura brincadeira. Queria beber tanto para mergulhar somente na garrafa, e esquecer da força da correnteza que me arrasta. Queria beber tanto pra fingir que ainda sou criança e que não existe mais nenhuma cobrança.  Queria beber tanto a ponto de não mais sentir toda a dor que um dia já esteve aqui.  E jogar fora todas aquelas lembranças que me arranham enquanto a minha pele sangra.  Tudo para que um dia, eu sinta que entre tudo, o que eu não precise mais, é beber. Porque sentir é tão inevitável como ser.

Pequeno amor

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Eu estava vivendo sem procurar. Mas, queria encontrar um pouco de amor. E quando percebi, você já estava lá. Na minha cabeça, no meu corpo,  De toda maneira, em todo lugar. E eu bebi tanto desse pequeno amor que nem percebi o quão rápido ele secou. Diluí as últimas gotas dele, enquanto a garrafa se esvaziava. Tentei fazer render o que não tinha mais fórmula, Pois, pensei que em nenhum outro lugar encontraria tal química. Eu achei que precisava daquelas gotas de ocitocina, pensei que aquilo era mais do que eu merecia. Somente quando essa garrafa esvaziou que eu percebi que ela já estava trincada, por isso nunca fora minha. As rachaduras não resistiram mais e os cacos me feriam,  mas eu ainda insistia em guarda-los,  e o motivo eu não sabia.

My little bird

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É esse canto que eu quero ouvir, será que eles sabem a cura que são para mim?  Tão mágico como as suas asas ao voar, O mundo fica mais bonito quando se está pairando no ar? Não é só uma visão, é uma arte a se admirar, bendito seja o artista que misturou tantas cores e as fizeram combinar.  Minha alegria é te ver solto por aí, acho que esse é o mais puro sentimento,  não querer te ter só para mim. Me dói quando te fazem ficar, eu não poderia nem por um segundo o teu fim causar. Então por mais que eu queira te encontrar, talvez seja melhor você se distanciar  e seguir por outro caminho,  como a vida haverá de te guiar.

Era só me esforçar mais, mais e mais.

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Eu estava na praia mas, por achar que precisava mais do que estar ali, decidi entrar no mar. Logo de início, percebi que eu não era uma boa nadadora, bem, as águas das piscinas as quais já estava acostumada eram diferentes, mas, se eu me esforçasse, eu conseguiria. O mar me engolia por inteira, e depois de vários caldos e de engolir água salgada, me deram um barquinho. Agora eu não estaria sozinha, tinha um barco pra me ajudar e me guiar ao longo dessa jornada. As ondas se tornaram maiores e a maré mais forte, E eu tentava com resistência enfrentar aquele oceano. Ele  parecia ser o que eu precisava. Mas eu me perdi na sua imensidão, e quando me dei conta, estava sozinha, e o barquinho furado. Exigi mais do meu corpo e do meu raciocínio para tentar consertar as rachaduras que ali se formavam, mas, quanto mais eu consertava, mas elas se alastraram. As farpas começaram a se enfiar na minha epiderme, não adiantava insistir. Eu estava sozinha, sempre estivera, como se o barquinho nunca esti