Mas e quando fecham-se as cortinas?


Mesmo que você me perguntasse, 

eu não saberia responder.

Tudo se emaranhou em um ninho,

entrelaçando fios,  pedaços, retalhos

costurados em silêncio.


Minha perspectiva se prendeu em demasiada frustração,

guiando-me por um conjunto tosco de ressentimentos

e uma sensação constante de desalento.


As palavras  são frágeis, 

não descrevem a lassidão da minha mente.


A proporção me escapa, 

tornou-se maior do que eu,

como se eu não tivesse mais lentes

capazes de me fazer enxergar além deste breu.


Enquanto isso, 

minha ansiedade trabalha em tempo integral

enquanto tento me agarrar no presente.


Continuo vestindo este figurino,

uma atriz descrente,

esperando o ato encerrar,

sem acreditar que o espetáculo tenha outro final.


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