Energia

 


No último texto do blog, eu compartilhei com vocês um pouco do meu sentimento nessa quarentena, o fora de órbita faz uma ótima representação á ele. Era um sentimento de inadequação, de impotência e de se sentir imóvel, congelada em meio a uma rotatividade compulsória. Não é atoa o motivo no qual me fez sentir assim, estamos vivendo em um período muito complicado, cheio de incertezas e muitas frustações com a situação atual de todo o planeta. Entretanto, é benéfico eu me sentir assim? O que isso trás para mim? O que isso proporciona a minha saúde mental?

Eu cheguei à conclusão que nossa vida é um ciclo, não é linear como muitos pensam, ela cheia de altos e baixos, idas e vindas, desencontros e descobertas. Portanto, faz muito sentido que a gente se permita sentir cada momento, não acho que devemos ocultar nada, temos que ser sincero com o nosso próprio ser. Precisamos conhecer os nossos limites e priorizar aquilo que nos traga paz, tranquilidade e segurança. Paz de espírito, tranquilidade na vida e segurança no destino.

Sim, eu disse destino. Estranho né? Confiar em algo que é incerto. Mas você não leu errado, como eu disse anteriormente, eu acredito que nossa vida é um ciclo, entender isso nos permite ter uma visão de um todo, ter paciência com o nosso período atual, tendo a certeza que logo outro irá se iniciar, e com ele, novas oportunidades.

Enxergar a vida como um ciclo, nos permite perceber que o que nós fazemos agora, irá refletir de alguma forma pra gente, sabe aquele velho ditado de colher os frutos? Pode parecer clichê, mas ele faz muito sentido. Somos feito de matéria, nossa unidade básica, o átomo possui uma carga positiva e é envolto em uma nuvem elétrica de carga negativa, tudo que nós fazemos resulta em uma energia, ela pode ser boa ou ruim.

E mais ainda, essa energia se transforma independente da sua crença, seja ela religiosa na qual Deus irá julgar nossas ações nos permitindo ou não o reino dos céus, holística de pensar que tudo que transmitimos ao universo retorna pra gente, ou até mesmo científica no qual “toda ação corresponde a uma reação de mesma intensidade” ou até a clássica em que “nada se perde, tudo se transforma”.

Então sim, de certa forma, as nossas escolhas determinam o nosso destino. E por tal, temos que agir com muita clareza e com muita consciência. Eu estou sendo fiel a mim? Eu estou respeitando as outras formas de vida? Eu tenho a intenção de fazer o bem ao próximo?

Não temos controle sobre tudo e todos, e muitas vezes nem sobre a nossa própria vida. Quantas vezes você já não se sentiu assim? E está tudo bem, tudo isso faz parte para o nosso amadurecimento. Mas podemos dar o nosso melhor, com resiliência e mais uma vez, sendo gentil com a gente mesmo e com todas as formas de vida do planeta.

De resto, fique tranquilo, faça a sua parte, confie no seu propósito, no seu ideal, e faça o que estiver ao seu alcance. E o que não estiver, confie, que tudo na vida irá se encaminhar de uma forma justa, tal justiça não se compara ao do homem, que muitas vezes é corrupta e direcional. Confie na justiça da vida, na paz de espírito, tranquilidade na vida e segurança no destino.

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