Meu bem



E eu escrevi mais um texto sobre você, 

porque todas as coisas que você fez me marcaram e eu não consigo te esquecer.

Então eu me transporto para aquela noite de junho quando eu te vi pela primeira vez,

e para aquela tarde de julho quando eu tive certeza que você não era só mais um lance pra mim.

Eu também não estava esperando por isso, meu bem.

E quando os meus amigos me perguntam de você, 

mesmo aqueles que você nem chegou a conhecer,  

me dói responder que você ficou no passado, mesmo o sentimento ainda sendo presente.

Mas você não pode ver isso através de toda essa distância. 

Não é pela quilometragem que nos afasta, mas por aquela que você criou entre nós.

Você deve ter tido os seus motivos, mesmo que não compartilhados,

mas, eu não me sustento com meias verdades que se transformam em uma névoa de incertezas.

Não sou uma metade e nem vivo por meias vivências.

E então, eu apaguei as nossas conversas porque eu sempre caía na armadilha de reler. 

E apaguei as suas fotos, mesmo aquela que você me mandou bêbada, 

sorrindo, com a mão na bochecha.

Pra mim, meu bem,

você foi como um desses romances avassaladores de verão,

que chegam de repente e te bagunça por inteira.

Porque apesar da estação ser inverno, você me enfeitiçou,

então eu podia sentir o seu calor e o quanto você me aquecia com a sua maneira.

Porém, numa manhã de setembro eu percebi que não dava mais para continuar assim,

eu só espero que você esteja bem, assim como você, agora eu vou cuidar de mim. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pensamentos

Afinal, era uma água tão poluída.

Era só me esforçar mais, mais e mais.