As vezes eu penso demais, e, ao pensar nisso, penso mais ainda Lembro de momentos e situações que me corroem e crio cenários que me aterrorizam. Minha mente compulsiva tem vida própria: é indomável, confusa e persuasiva. As vezes me sinto em um carrossel, girando a duzentos quilômetros por hora, escutando o som ensurdecedor de vozes, e não as compreendendo. Outras vezes sinto que estou andando em círculos, dentro de uma caixa vazia, na qual todos os fósforos já foram riscados, restando apenas o cheiro da fumaça que me sufoca e me anestesia. Eu sinto muito, desproporcionalmente, criando estoques colecionados na minha mente. E há vezes em que sinto tão pouco, que até esqueço que sou e estou presente. Todo dia o mesmo feito em rotinas diferentes. Todo dia o mesmo efeito decorrente. Até que esses pensamentos tirem, pouco a pouco, cada gota do meu ser, aniquilando, em meu âmago, o desejo de pertencer.
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